sexta-feira, 27 de julho de 2012

Passei o dia inteiro no parapeito da minha janela e conclui, magistralmente:
-a cidade precisa de chuva.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Chega de máscaras, quadros e espelhos

Eu quero a alma pura e ilesa,
livre de qualquer rastro de falsidade e desespero...






2005, imagino eu
O meu amor vem de mansinho
Tange a loucura e plana paralelo.
Como a névoa que se instala passiva:
Receoso, mas pulsa ritmado.
Pesada.
vazia.
leve?não.
pesada.
cheia?não.
vazia.
han?
É, eu.
Meus pés são dois barcos sem motor, lançados ao mar ao sabor do vento (correndo o risco eterno de se perderem um do outro)
e meus olhos, as estrelas mais longínquas desse meu rosto cor de céu
Os postes dessa avenida larga são a luz das minhas idéias - pequenas, espaçadas e difusas, mas numerosas
Todas as cavernas submersas simbolizam a minha fecundidade
e os peixes todos, os filhos que terei.
Os assassinos mais procurados fugiram pra casar com meus medos
Os executados choram em meu velório minha morte prematura
Os abortados são minha gargalhada presa de criança e meu ímpeto de correr numa brincadeira improvisada (ou das dores, da rotina, do nada)
As lágrimas que se lançam dos meus olhos são os desesperados suicidas; e os esquecidos, minha verdade imaginada.
Todos os albuns em preto e branco envelhecidos eram minha memória- que já nao é
e minhas doces palavras tem o peso de uma chuva de granizo.

Minha sina é ser de tudo um pouco e não me conter em mim
A minha alma não cabe no corpo ao qual foi designada.