terça-feira, 21 de maio de 2013

Desperta, dor. Mas sem caos.


Quero esse algo que me grita desalmado mas que não me diz seu nome, cheio de ironia.
Que se despeça, então, e me deixe inerte,
e na ignorância, que me dói bem menos!

Não aguento o vazio que sabe existir algo que o possa preencher. 
Até aceitaria os olhos vendados,
se eles não soubessem que um dia
já puderam ver.


Meu fim dos tempos, esse hoje.
Durmo e acordo sem saber se é noite ou dia,
se ainda é hora de ficar,
ou se é a hora de ir que se encaminha.

Sem poesia, esse rascunho.
Estou presa a essas linhas tortas, pretas, mortas,
escorridas como lágrimas
do meu punho.