terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

queria ser, mas sou só um rascunho...

Todas as palavras que eu conheço se esbarram no turbilhão de pensamentos que me invadem. Dão as mãos, se empurram e formam desconexas frases, que eu intuitivamente interpreto. Ora, que deveria eu fazer, às quatro da manhã de uma noite insone? Escrevo. Sei que de alguma forma dou vazão ao que me faz querer atingir os 160 no ponteiro do carro enquanto grito com fúria para os postes na imensidão lá de fora - não me atrevo a encarar a de dentro.
Que quero dizer eu já não sei, e mesmo isso importa? Nenhum olhar ou julgamento alcançará essas linhas de palavras bêbadas e desencontradas - e se houver há de compreender com lucidez, que os loucos demais têm mesmo essa linguagem própria do falar coisa alguma com algo nenhum e o outro entender. Não têm?